Massa Delirante -Graça Fontis

MASSA DELIRANTE
Há tempos percebo
Os acordes aflitos
Delirantes e
Subjetivados
Contidos
Nessa espera
Como presas...
Em malhas e tramas
Sentenciando
Esperanças e ilusões
Essa massa
Como fragmentos
Soltos no hemisfério
E... perdidos
Sob vãs palavras
Promessas e in-verdades
Camufladas, perversas
Subjugando
Pobres
Fracos
Carentes
Simplesmente crédulos
Sem opção
Nas garras da hipocrisia
Sem alma
Sem retidão
Quiçá... sem coração
E
É doloroso
Ver tanta omissão
Diante da flagelação
Discriminados
Marginalizados
Visíveis ao amanhecer
Pois não tendo
Onde dormir
Jazem ao relento
Confrontando a população
A mesma desvia o olhar
Para não ter
Que dar a mão
Muitos passam...
Cabeça erguida
Cara lavada
Como ser... distraídos
Pura simulação!
Sorrateiros
Negligenciam
Amor e compaixão
Ao explícito clamor
Dos que sabem
Ser em vão
E no tempo...
O tempo não veem passar
Inertes
Corpo e olhar
Guardam mágoas,
Dores,
Águas do mar
Salobras
Teimam molhar
As folhas da poesia
Folheando sob o luar
Caçando o impossível
Que o mundo teima
Em não lhes dar.
Graça Fontis
(06 de outubro de 2016)

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