O sonho premonitório e a tragédia na demolição da igreja - Por Giovani da Costa
Eis o que diz o Dr. José Ferreira em sua obra: Minha Terra, minha Gente:
"Foi na gestão do padre José Ferreira Lobo, em 1928. O povo se mobilizou , na sua totalidade, para a consecução do trabalho, que era obra de todos. Sem os atropelos que sempre surgem, nesses movimentos, sem o formigamento desbaratado e improdutivo de operários sem conta, os trabalhos progrediam em ritmo certo, segundo o organograma traçado. Procediam-se as obras de demolição da torre, de suas paredes. Trabalho comum, nem por isto, merecedor de menos cuidados e atenções. Entre os operários, José Alves Bezerra, casado e que morava nas imediações da igreja. Em um 1° de março , sábado.
Não sei se você acredita em "sonho premonitório". Estes sonhos que são como um aviso, uma advertência ao que vai acontecer, Se é pessoa inteligentíssima, destas que supõe ser o nosso espírito uma simples casca de banana...por certo, está dizendo que " isto tudo é besteira!" ( Neste caso, você não perde em ler mais um pouquinho, especialmente, sobre os poderes e mistérios da mente. Mas, coisa séria!) Nesse fatídico 1° de março, enquanto tomava os eu café, antes de ir para o trabalho, José Alves contou à esposa que havia sonhado "a igreja caindo por cima dele". Seria uma simples conversa, como qualquer outra. Não sendo supersticioso, apanhou seu chapéu e suas ferramentas e saiu, Trabalhou, por um bom tempo, em cima da parede, derrubando tijolo, quando sentiu sede. Tranquilamente desceu, e foi até sua casa , que era pertinho. No seu lugar, no mesmo serviço, ficou um seu cunhado. Ao voltar, sem que o cunhado houvesse visto, derrubou este um tijolo que o atingiu na cabeça, matando-o no mesmo instante. Toda Várzea Alegre tomou conhecimento, compungida, de fato e muitos ainda o comentam." (Do livro)
José Alves Bezerra ( Zé de Chiquinho) era natural do sítio Atoleiro e era casado com Dona Raimunda Bezerra e deixou uma filha Benedita, que foi casada com José Feitosa. Dona Raimunda depois casou-se com o senhor Manoel Tomaz de Aquino (Seu Nelinho, que também era viúvo.
E o cunhado de José Bezerra era Joaquim Alves Bezerra ( Salgueiro ou Joaquim de Santana) e era do Sanharol.
( Giovani da Costa)
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