Quando um nome é derivado de um nome próprio, ele é geralmente o nome do pai (patronímico) ou da Mãe (matronímico) do portador original, o qual é adotado e transformado em um nome de família hereditário fixo. Esse nome é então orgulhosamente transmitido de geração para geração, ocasionalmente alterado ortograficamente ou abreviado ocasionando uma ligação entre o portador vivo do sobrenome e o portador primogênito original do qual o sobrenome deriva. O sobrenome Soares pertence a uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal. Este sobrenome significa 'filho ou descendente de Soeiro". Soeiro é derivado do termo alemão antigo "Sug-hari", que literalmente se traduz como "exército sul". Foram duas as principais famílias portuguesas de linhagem nobre que levaram este sobrenome. Uma foi os Soares de Albergaria, que usavam simplesmente Soares como nome de família. A outra foi Soares de Tangil, da qual o primeiro portador deste sobrenome foi Soeira Afonso de Tangil, senhor da torre de Tangil, no distrito de Monção. Seu filho Gil Afonso Soares de Tangil, foi o primeiro a usar o sobrenome composto Soares de Tangil, e que viveu durante o reinado de D. Pedro I (1350-1359).
Uma das mais antigas referências a este sobrenome é o registro de Fernão Soares, eclesiástico português, citado em 1270. Portadores notáveis do sobrenome Soares foram, entre outros: João Soares (1507-1572), bispo português; Ruy Fernando Soares, pintor português citado em 1551; Vicente de Gusmão Soares (1606-1675), cônego e poeta português. No Brasil, encontramos o registro de Isabel Soares, filha de Manoel Soares e Maria Paes, nascida no Paraná em 8 de julho de 1684. As armas descritas abaixo foram concedidas à família Soares pelas autoridades apropriadas.
Uma das figuras muito admiradas e reverenciadas pelos portugueses, sem dúvida incluindo passados e atuais membros de ilustre família Soares, é a Santa Elizabeth de Portugal (1271-1336), também conhecida como "A Pacificadora" e "A rainha Santa". Filha de Pedro III de Aragão, ela foi chamada por sua tia, Santa Elizabeth da Hungria e foi casada com o rei Dinis de Portugal em 1282, um evento conhecido por alguns dos membros da família Soares. Elizabeth venceu a corrupção e prazeres da corte real, devotando sua riqueza e energia para atividades caritativas. Quando seu filho Afonso empreendeu uma rebelião contra seu pai, Elizabeth bravamente interpôs-se entre os exércitos oponentes efetuando a contento uma reconciliação. Verdadeira para com seu cognome "A Pacificadora", Elizabeth morreu em meio à rota para um campo de batalha, onde esperava conseguir a paz entre seu filho, o rei Afonso IV, e o rei castelhano Alfonso XI. De fato, os portadores do sobrenome Soares, podem gloriar-se na rica e colorida história de sua terra, Portugal."
(The Historical Research Center (c), 1993)
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