Mesmo com 2° maior aporte do ano, situação do Castanhão ainda preocupa:


Maior açude do Ceará, o Castanhão recebeu aporte de 2,31 milhões de metros cúbicos (m³) entre quinta-feira, 28, e ontem, segundo dados do Portal Hidrológico, da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Essa é a segunda melhor recarga do reservatório na quadra chuvosa de 2019, que dura de fevereiro a maio. Perde apenas para a marca anotada em 24 de fevereiro, quando recebeu 2,48 milhões m³ de água. Apesar do reforço, a situação do açude, localizado em Alto Santo, na Bacia do Médio Jaguaribe, é preocupante, pois opera com apenas 3,65% da capacidade.
O Estado encerra o segundo mês da quadra chuvosa com 2,57 bilhões m³, o que equivale a 13,81% do sistema. O cenário é melhor se comparado ao do mesmo período de 2018, quando, em 29 de março, operava com 8,39% da capacidade, ou 1,56 bilhões m³.
Porém, a situação de outros dois açudes estratégicos também não é favorável. Orós, na Bacia do Alto Jaguaribe, e o Banabuiú, na bacia de mesmo nome, apresentam, respectivamente, 5,24% e 6,13%.
"Para a gente sair da situação de alerta, voltar à normalidade, a gente precisaria, pelo menos nesses açudes estratégicos, de algo em torno de 30% para voltar a níveis de operação mais confortáveis", sinaliza Bruno Rebouças, diretor de operações da Cogerh.
O diretor explica que fator preponderante para uma recarga significativa são chuvas com concentração nas áreas próximas aos reservatórios. "A primeira coisa pra gente poder ter aporte nos reservatórios são chuvas concentradas", diz. E explica: "É diferente da agricultura, que é bom quando tem chuvas espaçadas, com menor volume e bem irregulares. Fica tudo verdinho. Já para a reservação não. Quanto mais concentrada, quanto maior a intensidade e a persistência dessas chuvas, elas ajudam a gerar água nos rios e, consequentemente, ter o aporte nos reservatórios".
Os principais sistemas que alimentam o Castanhão são os rios Salgado e Jaguaribe. O açude Orós, também alimentado pelo Jaguaribe, quando cheio, também recarrega o Castanhão. São nessas áreas que Bruno avalia ser necessária uma maior incidência de chuvas.
"A região que mais influencia no aporte do Castanhão é a do Salgado, porque não tem nenhum grande reservatório lá que acumule água. O Orós, quando está cheio, manda também água para o Castanhão, porque ele também lança água para o Rio Jaguaribe. Então, eu precisaria de chuvas, por exemplo, no Orós, no Alto Jaguaribe. Pro Castanhão, chuvas no Salgado e também no Alto Jaguaribe, caso a bacia estivesse cheia, para poder contribuir lá pro Médio e Baixo (Jaguaribe). No Banabuiú, tudo o que tem na montante dele, ali no Sertão Central", detalha.
O POVOO ONLINE - ( Foto/imagem O Povo)

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