MORREMOS POR FALTA DE AMOR ESCOLHENDO NÃO ACEITÁ-LO
– Outro dia, escutei que os gatos são os únicos animais que morrem de fome tendo alimento para comer. Se eles, por algum motivo, acreditarem que não devem aceitar o que lhes é oferecido, são capazes de perder a vida à míngua. Não sei se isso é verdade, mas o fato é que a informação ficou martelando na minha cabeça. Inevitável foi fazer uma comparação a nós, humanos, que morremos por “falta de amor” mesmo que ele nos seja oferecido a cada respiração, em tudo o que existe. Quantas vezes nós teimamos em não reconhecer o amor nos pequenos e grandes milagres da vida, no sol que diariamente nos brinda com sua luz, no ar que nos preenche, na terra que maternalmente nos nutre, na água que nos mantém vivos. Tudo, o tempo todo é amor. E nós, com nossas ideias infantis do que seja esta força que tudo rege, não conseguimos reconhecê-la e tomá-la. Nos sentimos rejeitados, desvalorizados, mal queridos. Nos amargamos e nos deprimimos, morrendo pouco a pouco pela falta daquilo que é abundante, pelo simples fato de escolhermos não aceitar a matéria de que somos feitos, o amor. Morremos, assim, de fome tendo um banquete à nossa mesa.
Arte: Lisa Lindsay
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