O ENCONTRO DE LAMPIÃO COM O PADRE CÍCERO


O tão almejado encontro entre Padre Cícero e Lampião data de 6 de março de 1926. Este foi veiculado em várias publicações. Ainda assim existe outra versão divulgada no livro Lampião e o Padre Cícero, da escritora Fátima Menezes.

Falando nessa nova versão, o convite para Lampião deu-se pelo tenente Francisco Chagas que lhe devotaria a patente de capitão de seu batalhão. Este por ser destemido e valente lhe chamou atenção. Lampião juntou-se ao grupo de Francisco Chagas e rumou para Juazeiro, isso nos primeiros dias de março de 1926.

Padim ficou paralisado diante de tamanha afronta de Chagas e exclamou: “Como é que vocÊ me faz uma coisa dessas Chagas? Trazer um bandido, um fora da lei para Juazeiro e o pior, usar meu nome para poder atrai-lo. Fique certo, meu camaradinha, que isso vai nos trazer grandes desgostos não só para minha pessoa, como para todo Juazeiro”.

O certo é que mesmo desgostoso com tal situação o Padre foi ao encontro de Lampião e lhe disse: “Virgolino, por que razão você teve a coragem de vir a uma cidade como Juazeiro, tão bem assistida por autoridades civis e militares, sendo você um fora da lei?”

“Meu Padim, eu vim por que me disseram que o sinhô precisava de mim”.

“Lampião, eu sou um sacerdote. Por que iria precisar de você? Eu acho que já é tempo de você mudar de vida. Mas, como meu nome foi usado e você pensou que estava atendendo meu chamado, procure ajeitar seu povo e trate de sair daqui deste local o mais breve possível para um outro alojamento no centro da cidade onde ficará mais seguro, pelo menos até amanhã, quando eu quero que você se retire do Juazeiro”.

Mesmo assim continuava a insistência de Lampião em permanecer na cidade, pois cresceu em sua mente a vontade de tornar-se capitão e este acreditava que Padre Cícero realmente o tinha chamado ao seu encontro o que foi deveras mentira.

A brincadeira dos então amigos do Padre Cícero, Uchôa, Benjamim e Antônio Ferreira acabará por nomear mesmo que com falso título Lampião, capitão, pois este amedrontava a todos com sua fama de “cabra da peste”. E mesmo assim até hoje o Padre leva a fama de ter sido ele que mandou outorgar a patente.

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