Casa onde morou a criança Edinete no município de Riacho dos Cavalos -Pb
Quando criança ouvia o cantador de viola, Elizeu Ventania cantar o poema em que falava de uma criança que havia desaparecido e depois foi encontrada sem vida. Ontem o amigo Daniel Soares me enviou a foto da casa da Edinete com um pequeno relato do que aconteceu naquele 27 de Novembro de 1976, dia em que a garota desapareceu.
"Olá amigo, vc já ouviu o poema de EDINETE CRINÇA MORTA. foi nessa casinhas que ela nasceu e morou até o dia que ela se perdeu no dia 27 de novembro de 1976. A casinha fica no sitio Serrinha município de Riacho dos Cavalos no Estado da Paraíba. Se possível poste ela para ver até aonde esse poemas é conhecido. Acho que ele é conhecido em todo o pais.
EDINETE era da minha família." Daniel Soares.
A MENINA EDINETE
POEMA: SEBASTIÃO DA SILVA
Dos poemas que escrevi,
Por meio da inspiração,
Este é o mais comovente,
Porque tem a narração
De um dos casos mais tristes
Que já vi no sertão
Trata-se de uma menina
De uma beleza extrema
De quatro anos de idade
Com quem se deu o problema
Tornou-se a central figura
Das emoções do poema
Edinete era o seu nome
Que lembramos com pesares
Filha de Rita Alzira
E expedito soares
Casal pobre mais benquisto
Como todos familiares
No município Riacho
Dos cavalos, terra mena
No sertão paraibano
Aonde os pais da pequena
Moravam, e ainda hoje
Lamentam a triste cena
Vinte e sete de novembro
Do ano setenta e seis
Pelas três horas da tarde
Um pouco antes talvez
Os pais de Edinete a viram
Viva pela ultima vez
Pois a criança brincando
No pátio da moradia
Se entretendo com as árvores
Ou animais que via
E os poucos entrou no mato
Sem saber pra onde ia
Quando a mãe sentiu falta
De sua filha querida
Chamou-se diversas vezes
Já bastante comovida
Ai notou a criança
Já se achava perdida
Alarmou a vizinhança
E começou a chegar gente
Pra procurar a criança
Todos apressadamente
Anoiteceu e ninguém
Encontrou a inocente
E assim passaram três dias
Procurando sem parar
De oitenta a cem pessoas
Podia se calcular
Todos a sua procura
Mas ninguém pode encontrar
Na manhã do dia trinta
Já todos sem esperança
No lugar serra dos bois
Num talhado se avança
neste local esquisito
Acharam morta a criança
Morreu de fome e de sede
Em situação singela
Mais ou menos seis quilômetros
Do local pra casa dela
As folhas foram o seu leito
E a lua serviu de vela
Quando espalhou-se a notícia
Que a menina faleceu
Foi muita gente ao local
Aonde a morte a venceu
Vão fazer uma igrejinha
No canto onde ela morreu
Todos seus irmãos lamentam
Os pais lamentam também
chorou toda vizinhança
Porque lhe queriam bem
E Deus aumentou a conta
Dos muitos anjos que tem
Essa é a história da menina que se perdeu
e foi encontrada morta em cima da serra dos bois - desde 1976 que a serra passou a ser chamada de: A serra da Menina
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