Retrato de Guido Pocrane, chefe de Botocudos de Cuieté, Minas Gerais. Conhecido como "O Imperador do Rio Doce" 1840. Guido era um cacique botocudo, convertido ao catolicismo em 1824 por ação do colonizador francês Guido Marlière. Filho de chefe Boptocudo, foi recrutado pelos homens de Marlhiére nas margens do Rio doce , ele aceitou ser batizado e passou a trabalhar na catequização de outros índios.
Pocrane atuou como intérprete de Marlière e era seu acompanhante predileto no desbravamento de florestas do interior de Minas Gerais. Quando Guido Marlhiére deixou o serviço de Colonização dos índios, o botocudo Guido Pocrane foi o líder da pacificação dos índios da Região, chefiando a construção de uma povoação na barra do Cuieté, em frente ao novo aldeamento dos naknenukes no Rio Laranjeiras. Pocrane também combateu os índios puris, antigos inimigos dos botocudos. Outros aldeamentos foram criados para os pejuarim-krakmuns no Ribeirão do Travessão. Ficou conhecido como "Imperador do Rio Doce" por seu poder de liderança.
Em 1843 teve a posse de suas terra usurpada por Manuel António de Sousa. Mesmo com a invasão de suas terras, Pockrane não hostilizou os brancos, passando a fornecer-lhes mantimentos e a prestar-lhes ajuda . Guido Pocrane foi assassinado por índios Mek-Mek, rivais dos botocudos em 1850, causando grande comoção entre os colonos europeus e os índios aldeados de Minas Gerais. O chefe botocudo era conhecido pelo exército como "o melhor amigo dos brasileiros"
A região em que estavam suas terras se tornaram, em 1879, uma freguesia paroquial pertencente ao atual município de Vermelho Novo, na paróquia de Ponte Nova em Minas Gerais. Fonte: GUIDO POKRANE, O IMPERADOR DO RIO DOCE. por Maria Hilda Baqueiro Paraiso
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