Fim de ano: 8 dicas para não ser demitido por justa causa na confraternização da empresa - Leticia Caetano
Fim de ano: 8 dicas para não ser demitido por justa causa na confraternização da empresa
ABRH-SP alerta que festas corporativas de fim de ano exigem o mesmo cuidado e ética do ambiente de trabalho - tanto de colaboradores quanto de líderes
As confraternizações de fim de ano marcam o encerramento de ciclos e a celebração das conquistas corporativas. Mas o que deveria ser apenas um momento de descontração pode se transformar em um verdadeiro pesadelo profissional. Exageros, comportamentos inadequados e até situações de assédio são mais comuns do que se imagina, e podem resultar em demissões por justa causa.
De acordo com a ABRH-SP, o ambiente da festa continua sendo um ambiente de trabalho, e todos — dos estagiários aos executivos — devem manter o respeito, os limites e a postura ética esperada dentro da empresa.
“É natural que as pessoas relaxem e celebrem, mas o fato de o evento ocorrer fora da sede da empresa não significa que as regras de conduta deixam de existir. A confraternização é uma extensão do ambiente corporativo”, destaca Eliane Aere, presidente da ABRH-SP.
Comportamentos que podem virar problema
Casos de embriaguez excessiva, discussões, postagens inadequadas nas redes sociais, brincadeiras constrangedoras e avanços indesejados são algumas das situações que podem gerar consequências sérias. Dependendo da gravidade, atitudes assim podem configurar assédio moral ou sexual, violação do código de ética e até motivo para demissão por justa causa.
“Muitos esquecem que, mesmo em um momento de lazer, ainda há uma hierarquia presente, e que chefes e liderados estão observando. É preciso saber equilibrar o lado social com o profissional”, completa Aere.
Dicas da ABRH-SP para evitar constrangimentos (e manter o emprego!)
Para colaboradores:
- Beba com moderação – Lembre-se de que o evento é corporativo, não uma balada.
- Evite conversas polêmicas – Política, religião e fofocas do escritório são temas que podem gerar atrito.
- Cuidado com as redes sociais – Fotos e vídeos de colegas sem consentimento podem causar desconforto e até repercussão negativa.
- Mantenha o respeito – Não confunda descontração com intimidade.
Para líderes:
- Dê o exemplo – O comportamento da liderança é o que define os limites do evento.
- Acolha sem excessos – Estimule o clima leve, mas sem incentivar exageros.
- Evite conversas avaliativas – A confraternização não é o momento para feedbacks ou cobranças.
- Atenção ao pós-evento – Caso algo saia do controle, conduza o tratamento do tema de forma ética e sigilosa, preservando os envolvidos.
Mais do que uma festa, um reflexo da cultura organizacional
A ABRH-SP reforça que as confraternizações são oportunidades valiosas para fortalecer a cultura da empresa e o engajamento das equipes — desde que o ambiente seja seguro e respeitoso para todos.
“O comportamento nas confraternizações revela muito sobre a cultura organizacional. Empresas que valorizam o respeito e a diversidade conseguem criar eventos onde as pessoas se sentem à vontade sem ultrapassar limites”, conclui a presidente.
Sobre a ABRH-SP
A Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional São Paulo (ABRH-SP) é uma instituição sem fins lucrativos que se destaca como a principal referência em gestão de pessoas no Brasil. Completando 60 anos em 2025, reúne a expertise de profissionais e empresas que buscam excelência na área.
Com mais de 3 mil associados e realizando mais de 100 eventos ao ano, a ABRH-SP possui um corpo diretivo e consultivo formado por especialistas renomados, impulsiona a inovação e acompanha de perto as últimas tendências em Recursos Humanos.
Está presente não apenas na capital paulista, mas também em mais 9 regionais do estado de São Paulo, representando uma ampla diversidade de profissionais e sendo um ponto de referência para o desenvolvimento do setor em todo o país.
Mais informações: https://abrhsp.org.br/
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