Estávamos todos juntos
na casa de José Gato;
Apenas o Rio Preto
estava doente no mato.
José matou uma rês
para nos dar melhor trato.
Eram oito horas do dia,
estávamos acalmados
quando inesperadamente,
por cento e vinte soldados
eu e os meus companheiros
nos vimos todos cercados!...
Eram dois os comandantes
deste reforço inteiro:
Alferes Paulino Pinto,
Da Paraíba, (o primeiro);
e o capitão Angelin,
de Pernambuco (um guerreiro).
Era uma luta medonha,
todo esse povo atirando!...
As balas perto de mim
passavam no ar silvando;
O tiroteio imitava
um tabocal se queimando!...
A polícia intrincheirou-se
de um riacho na barreira,
Donde nos fazia fogo;
Era uma boa trincheira:
Se eu não fosse cuidadoso
A tropa voltava inteira.
Durou mais de meio dia
este combate sangrento!!...
Faltou-me a munição;
deixei o acampamento,
e fiquei de fora olhando
da luta o movimento!...
Estando eu fora do cerco
dei ainda um tiro, que sinto
ter ele matado apenas
o Alferes Paulino Pinto;
Atirei nos dois, porém
um estava pouco distinto.
No tiroteio os soldados
seis cangaceiros mataram
e pegaram nove a mãos
que também assassinaram:
Como se sangra animais
eles aos homens sangraram!
Os que puderam fugir,
desembestaram a correr
Dizendo: __ O diabo é quem espera
para sangrado morrer!...
Cada qual mais precavido
procurava se esconder.
O sargento José Lopes,
vendo o alferes baleado,
mandou sangrar aos presos,
obedeceu-o um soldado;
Não matei-o porque o rifle
estava descarregado.
Vi matarem todos nove,
de um a um, por escala.
Mataram todos a faca,
não quiseram usar bala;
Somente Antônio Francisco,
morreu sem perder a fala!...
Fugi do Surrão; no estado
de Pernambuco encontrei
a um dos meus inimigos,
Ao qual eu não perdoei.
Era o Sebastião Correia,
este com um tiro matei.
Em a fazenda Pedreiras,
distrito de Caicó,
estado de Rio Grande,
eu quase que fico só!
lá eu me vi apertado
qual moleque no cipó.
O tenente Tolentino,
nesta fazenda cercou-me
com uma força de policia
que, peito a peito, atacou-me!
nós trocamos muitas balas
e ele não amarrou-me.
Logo com o primeiro tiro,
dois sargentos derrubei,
com uma bala certeira
ambos de uma vez matei!
depois de dar outros tiros,
fora do cerco pulei.
Desta vez o Tolentino
matou-me seis cangaceiros,
dentre estes um menino
que era dos meus companheiros.
o que tinha mais coragem;
seus tiros eram certeiros.
na casa de José Gato;
Apenas o Rio Preto
estava doente no mato.
José matou uma rês
para nos dar melhor trato.
Eram oito horas do dia,
estávamos acalmados
quando inesperadamente,
por cento e vinte soldados
eu e os meus companheiros
nos vimos todos cercados!...
Eram dois os comandantes
deste reforço inteiro:
Alferes Paulino Pinto,
Da Paraíba, (o primeiro);
e o capitão Angelin,
de Pernambuco (um guerreiro).
Era uma luta medonha,
todo esse povo atirando!...
As balas perto de mim
passavam no ar silvando;
O tiroteio imitava
um tabocal se queimando!...
A polícia intrincheirou-se
de um riacho na barreira,
Donde nos fazia fogo;
Era uma boa trincheira:
Se eu não fosse cuidadoso
A tropa voltava inteira.
Durou mais de meio dia
este combate sangrento!!...
Faltou-me a munição;
deixei o acampamento,
e fiquei de fora olhando
da luta o movimento!...
Estando eu fora do cerco
dei ainda um tiro, que sinto
ter ele matado apenas
o Alferes Paulino Pinto;
Atirei nos dois, porém
um estava pouco distinto.
No tiroteio os soldados
seis cangaceiros mataram
e pegaram nove a mãos
que também assassinaram:
Como se sangra animais
eles aos homens sangraram!
Os que puderam fugir,
desembestaram a correr
Dizendo: __ O diabo é quem espera
para sangrado morrer!...
Cada qual mais precavido
procurava se esconder.
O sargento José Lopes,
vendo o alferes baleado,
mandou sangrar aos presos,
obedeceu-o um soldado;
Não matei-o porque o rifle
estava descarregado.
Vi matarem todos nove,
de um a um, por escala.
Mataram todos a faca,
não quiseram usar bala;
Somente Antônio Francisco,
morreu sem perder a fala!...
Fugi do Surrão; no estado
de Pernambuco encontrei
a um dos meus inimigos,
Ao qual eu não perdoei.
Era o Sebastião Correia,
este com um tiro matei.
Em a fazenda Pedreiras,
distrito de Caicó,
estado de Rio Grande,
eu quase que fico só!
lá eu me vi apertado
qual moleque no cipó.
O tenente Tolentino,
nesta fazenda cercou-me
com uma força de policia
que, peito a peito, atacou-me!
nós trocamos muitas balas
e ele não amarrou-me.
Logo com o primeiro tiro,
dois sargentos derrubei,
com uma bala certeira
ambos de uma vez matei!
depois de dar outros tiros,
fora do cerco pulei.
Desta vez o Tolentino
matou-me seis cangaceiros,
dentre estes um menino
que era dos meus companheiros.
o que tinha mais coragem;
seus tiros eram certeiros.
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