A MINHA REDE - DAUDETH BANDEIRA

FOTO: Chagas Bezerra


Uma rede de dormir
Parece até que foi feita
Com base na posição
Que o camarada se deita
Pois, a minha é desse jeito
Cada vez que nela deito
Relaxo e me espreguiço
Ela é ver uma cabrocha
Das que quanto mais se arrocha
Mais é boa de serviço

Eu nunca cheguei um dia
No plano de me deitar
Pra minha rede macia
Não querer me aceitar
Armada na melhor faixa:
Não é alta e nem é baixa,
É numa medida boa
Para mim melhor não há,
E vez por outra ainda dá
Carona a outra pessoa

A rede é um objeto
De primeira utilidade.
De se deitar numa rede
Todos nós temos vontade.
Até um casal segura.
Só que fica uma mistura
Que nem feijão com arroz
Mas não há nada incomum
A rede é feita pra um
Mas quebra o galho pra dois.

Nossos pais procedem das
Redes dos nossos avós,
Das redes dos nossos pais
É que procedemos nós.
Nossas redes se ergueram
Nossos filhos procederam
De muitos beijos e afetos
Entre lençóis e cadilhos
E das redes dos nossos filhos
Procederão nossos netos.
DAUDETH BANDEIRA CALDAS

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