REBUSCANDO O TEMPO 012 - POR ANTONIO MORAIS

LUIZ INÁCIO DA COSTA

Em Várzea-Alegre, Luiz Inácio da Costa vivia em pé de guerra com a mulher Josefa, Filha caçula de José Alexandre Bezerra de Menezes, a conhecida Teté. Não sei porque cargas d'água apareceu na cidade uma comissão relacionando as pessoas que se colocavam a disposição do exercito para defender o Brasil na famosa Guerra do Paraguai. 

Luiz Inácio, o conhecido por Boca de Fogo, pra meter medo na mulher e pensando que era brincadeira se alistou. 

Um dia, chegou de surpresa um Jeep com um Sargento e dois Soldados para levar o guerreiro rajalegrense. Luiz não podia comer angu com toucinho torrado que se desmanchava em merda. Pediu ao sargento para esperar pelo almoço, para se despedir dos amigos, da família e, matar o seu ultimo desejo: comer angu com toucinho torrado pela ultima vez, sua comida predileta. 

Concedido o seu pedido, depois da refeição, seguiram viagem. Quando chegaram nas proximidades da cidade do Icó o bucho do Boca de Fogo começou a roncar e, em pouco tempo o esgoto perdeu o tampão, começou a escorrer dejetos fecais fazendo ascender uma inhaca de curtume. 

O Sargento apavorado perguntou: o senhor já teve crise igual a esta? Não, respondeu Boca de Fogo. E se nós fossemos embora e deixarmos você aqui o senhor achava ruim? De jeito nenhum, acho é bom. O Sargento mandou os soldados lavarem o jeep no Açude de Lima Campos e, partiu para Fortaleza.  

Boca de Fogo voltou prus braços de Teté e nunca mais quis saber de briga nem de guerra.

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