REBUSCANDO O TEMPO 034 - POR ANTONIO MORAIS

Fuxico no mundo começou com Adão e Eva. Talvez no Sanharol tenha iniciado um pouco depois. No inicio do século 19 houve uma festa no Sitio Canto de propriedade de José Alexandre Bezerra de Meneses, que era neto e genro de José Raimundo do Sanharol, casado portanto com Antônia de Morais Rego, sua tia legitima.

José Raimundo do Sanharol tinha duas filhas chamadas Barbara, a do primeiro casamento Barbara Alves de Morais, casada com o Tenente Antônio Gonçalves de Oliveira, e a do segundo casamento Barbara de Morais Rego casada com Pedro de Souza Rego dos Inhamuns.

Durante a festa a Barbara de Morais Rego foi vista conversando com uma pessoa que não era bem da simpatia do José Raimundo. De madrugada mesmo alguém já foi avisar ao velho sobre o conveceiro.

Na hora da ordenha no curral, José Raimundo perguntou ao Tenente Antônio Gonçalves, que era sobrinho e genro: Antônio, você viu Barbara conversando com fulano de tal? O tenente era um homem prudente, cordato e conhecia bem as reações do tio e sogro, simplesmente respondeu: não, não vi. 

José Raimundo disse então: Você não viu porque estava com os olhos no cu, porque todo mundo que estava lá viu.

Esse foi o motivo para o Tenente se mudar do Sanharol para o local hoje denominado "Alto do Tenente", um bairro da cidade e nunca mais pôs os pés no Sanharol.

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