Escritor João Clímaco Bezerra, de Lavras da Mangabeira

João Clímaco Bezerra nasceu em Lavras da Mangabeira, no dia 30 de março de 1913. Filho de Raimundo Nonato Bezerra (Bidu) e de Maria da Costa Bezerra, pertencentes a tradicionais famílias do município. "Lavras da Mangabeira é um celeiro de escritores. Quando meu pai faleceu, haviam outros três conterrâneos dele na Academia Cearense de Letras (ACL). Houve uma época que a ACL contou com nove acadêmicos de Lavras", pontua Sérgio Bezerra. A cidade é pano de fundo de muitas das histórias escritas por ele.Órfão muito cedo de pai e mãe, o escritor chegou a trabalhar no comércio local, transferindo-se ainda jovem para Fortaleza, onde estudou nos Colégios São João e no Liceu do Ceará. João Clímaco graduou-se em direito em 1950 pela Universidade Federal do Ceará (UFC).Antes, ainda no ano de 1943, participou da fundação do Grupo Clã de Literatura. Com ele, estavam figuras como Antônio Girão Barroso, Artur Eduardo Benevides, Aluísio Medeiros, Fran Martins, Antônio Martins Filho, Braga Montenegro, Mozart Soriano Aderaldo, Eduardo Campos, José Stenio Lopes, Otacílio Colares e Milton Dias. O grupo foi resultado do 1º Congresso Cearense de Poesia."Papai sempre foi uma pessoa de muitos amigos. O congresso que eles fizeram em 1943 fez um sucesso extraordinário e teve grande repercussão no País", contextualiza Sérgio Bezerra."Do ponto de vista de produção literária, o Grupo Clã deu de dez na Padaria Espiritual. A Padaria produziu pouquíssimo, enquanto que o Clã soma mais de 150 livros publicados", compara, ilustrando a relevância do grupo criado na história literária do Estado.A vida literária de João Clímaco Bezerra sempre esteve paralelamente ligada a seu trabalho como jornalista. Na década de 1950, destaca Sérgio, era tido como o grande cronista do Estado, com textos publicados diariamente nos jornais Unitário e Correio do Ceará, ambos pertencentes ao Grupo Diários Associados. Além das crônicas, o escritor assinava também o editorial dos periódicos, para os quais contribuiu até 1966.Neste ano, o escritor mudou-se com a família para o rio de janeiro, onde residiu até o ano de sua morte, em 2006. Em terras cariocas, publicou críticas literárias no Jornal do Brasil e O Globo, colaborou com a revista "Manchete", além de exercer o cargo de Chefe do Gabinete do Presidente da Confederação Nacional da Indústria.João Clímaco Bezerra foi casado com a professora Maria Stela de Vasconcelos Bezerra, com quem teve quatro filhos, que lhes proporcionaram uma descendência de sete netos e quatro bisnetos. O escritor veio a falecer no dia quatro de fevereiro de 2006, aos 92 anos de idade, tendo deixado uma obra profícua, consistente e que valoriza e envaidece todo o povo do Ceará. 
   Fonte; Diário do Nordeste > http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1247562

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