HISTÓRIA E ORIGEM DA FAMÍLIA ALMEIDA

Felgueiras Gayo em seu Nobiliário de Famílias de Portugal, dá a origem dos ALMEIDAS, em Payo Paes Guterres, fundador do Morgado de Tibães, Rico Homem do Conde Henrique da Borgonha, (1035-1114), c.c. Teresa, (fal. 1130), filha de Afonso VI, Rei de Leão e Castela, de quem recebe o título de Conde de Portugal. Esse Payo Guterres, Senhor do Castelo de Leiria, c.c. Moninha Dama da Rainha Dona Teresa, tem um neto, Payo Guterres, Senhor do Castelo de Almeida que ele conquistou dos árabes em Riba Coa, ao tempo de Sancho I, (1154-1211 = 2o Rei de Portugal) e que legou aos seus descendentes, que tomaram do nome deste Castelo o sobrenome de família ALMEIDA. João Fernandes de Almeida é o 1o a aparecer na história com esse sobrenome nas Inquirições de 1258, pois fundou no termo de Azurara da Beira, hoje Concelho de Mangualde, nas terras da Herdade da Cavalaria que recebera com muitos privilégios d’El Rei Sancho I, a vila de ALMEIDA, entre 1223 e 1245. João Fernandes de Almeida é filho de Fernão Canelas que era Senhor das Quintas de Pinheiro e Canelas. Seu neto, Lourenço Anes de Almeida, foi Alcaide-Mor de Linhares e Castelo Novo. Há, também, Fernão Alvares de Almeida, Alcaide-Mor de Abrantes, aio dos filhos de D. João I, o Mestre de Avis, (1357-1433, 10o Rei de Portugal), seu filho, Diogo Fernandes de Almeida está sepultado na igreja de Sta. Maria do Castelo e seus descendentes recebem em 1476, o título de Conde de Abrantes, extinto em 1530 e renovado entre 1645-1656 com Miguel de Almeida, que foi um dos 40 Fidalgos da Restauração dos Braganças, em 1640. Dos Condes de Abrantes, descende outro Diogo Fernandes de Almeida, Prior do Crato, cujo filho, Lopo de Almeida, tem entre seus descendentes: a Casa dos Condes de Avintes, cuja varonia Almeida se conservou até o 8o Conde de Avintes, e a Casa dos Condes de Assumar, sendo que o neto do 1o Conde de Assumar, Pedro de Almeida, foi feito Vice Rei das Índias e recebe, em 1744, o título de Marquês de Castelo Novo, (onde fora Alcaide-Mor, Lourenço, que é neto de João Fernandes de Almeida, o 1o Almeida) o título é, em 1748, mudado para Marquês de Alorna por ter, Pedro de Almeida, conquistado essa praça de guerra. A varonia Almeida se conserva até o neto do Marquês de Alorna. No Brasil tivemos Dom Pedro Miguel de Almeida Portugal, nascido a 17/10/l688, com 28 anos separou-se da família para vir ao Brasil, em 1717, como 3º governador da nova Capitania de São Paulo e Minas do Ouro. Tornou-se, em 1718, 2º Conde de Assumar, título herdado de seu pai e foi, mais tarde, Marquês de Alorna. 

ALMEIDAS NO BRASIL
 
No Brasil, consta haverem vários grupos familiares de descendência dos Almeidas europeus. Um deles, em particular, descende da associação dos Almeidas e Correias, daí surgindo a família Correia de Almeida de Pernambuco.
O nome de Custódia Correia de Almeida, casada com Manoel de Barros Lindoso aparece na genealogia pernambucana. Foram donos do Engenho Baeté, em Barreiros (Freguesia do Una), no Estado de Pernambuco, durante a primeira metade do século XIX. Dessa união nasceu Francisca Correia de Almeida, que em 09/05/1841, casou na capela do Engenho Baeté com seu primo de segundo grau, Herculano Antônio José Marroquim, natural de Boa Vista, Recife, sendo ele filho de Antônio José Marroquim e Anna Correia de Almeida, de onde surgiu a família Correia de Almeida Marroquim.
Em todo o Brasil, de norte a sul tem Almeida, principalmente, no nordeste. Possivelmente tenham vindo de Portugal em épocas diferentes. Há os que vieram no periodo das capitanias e há os que entraram no Brasil em cada governo geral. Porém, esses que colonizaram o sertão já eram descendentes de portugueses que vinham de São Paulo para diferentes pontos do interior de Minas Gerais, do Piaúí, da Paraíba, do litoral da Bahia e de Pernambuco, de Alagoas, do Ceará, Maranhão, Pará e Rio Grande do Norte. As armas e brasão portugueses dessa família foram conseguidos já no Brasil, por serviços prestados à Coroa, através dos governadores das províncias, por ordem do império português aos seus cavalheiros, donatários e militares de ofício ou não, do mesmo modo como ocorria com os entradistas que saíam do litoral para o interior e os bandeirantes paulistas, mineiros e baianos. Os Almeidas do Ceará, da Paraíba, do rio Grande do Norte e Pernambuco são do mesmo troncos, aportaram na Bahia na mesma época e aparecem no século XVIII em Pernambuco, na formação das primeiras povoações na Fazenda da Panela d?Água, na Fazenda Grande de Belém do Cabrobó e nas terras de Santana de Terra Nova a Parnamirim.


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