Origem da Família Cavalcanti ou Cavalcante - Batista Cavalcanti

Cavalcanti ou Cavalcante- Família originária da Itália, que se diz ter vindo da França antes do século XIV. A prova da antiguidade da família é constatada por Guido Cavalcanti, nascido em Florença por volta de 1255, poeta famoso, precursor de Dante Alighieri na literatura renascentista denominada “dolce stil nuovo”. Baptista Cavalcanti, ilustre fidalgo de Florença, muitos anos depois de Guido, casou-se com Francesca Achioli, filha de Zenóbio Achioli e de Catarina Delfim. Tiveram como filhos Rodrigo e Antônio Cavalcanti, o primeiro dos quais foi morar em Castela, onde deixou nobre descendência. O outro, Antônio Cavalcanti, teve como filho Filipe Cavalcanti, que mudou-se para Portugal e de lá para o Brasil.
Filipe Cavalcanti foi acolhido em Pernambuco por Duarte Coelho e seu cunhado Jerônimo de Albuquerque, por volta de 1548. Jerônimo de Albuquerque era casado com uma princesa indígena, D. Maria do Espírito-Santo Arco-Verde, tendo deixado uma numerosa geração de 24 filhos. Foi dela que se originou a família Cavalcanti Arcoverde. Casou-se, então, Filipe Cavalcanti com uma das filhas de Jerônimo de Albuquerque e Maria de Arco-Verde, D. Catarina de Albuquerque, daí se originando a estirpe dos Cavalcanti de Albuquerque. Filipe e D. Catarina tiveram onze filhos.
Diz-se que os pais de Filipe Cavalcanti eram descendentes do Duque Cosme de Médici (chamado Cosme I) e de Giovanni Cavalcanti mais D. Genebra Manelli (ou Magnelle). Daí haver o mesmo Felipe recebido título de nobreza do referido Duque em 23.8.1559.
Jaboatão diz que por causa de uma conjuração, que fez com seus parentes Holdo Cavalcanti, Randolfo Pucci e outros, contra o duque Cosme de Médicis, fugiu para Portugal, e não se dando por seguro na Europa passou a Pernambuco.
Em torno de 1578 diz dele seu compatrício e conhecido Filipe Sassetti, que perambulava em Portugal, em carta a um amigo de Florença: “É homem de grande autoridade e que se impõe a todos, até mesmo ao governador. Dizem tem grande estado, com muitos pajens e cavalos, e gasta por ano mais de cinco mil escudos. Seu negócio é de engenhos de açúcar”. (J. Lúcio de Azevedo, Viagens de um florentino a Portugal e à Índia, séc. XVI, in Rev. de Hist. 13º vol., pág. 113, Lisboa, 1924).
De seu consórcio com D. Catarina nasceram onze filhos. A data de sua morte não se apurou ainda; sabe-se que de alguns anos sobreviveu ao sogro e precedeu à esposa, que em 4 de junho de 1614 lhe foi fazer companhia na mesma sepultura, na matriz de São Salvador, em Olinda.
(cf. “História Geral do Brasil” – vol. I, pág. 297, Francisco Adolfo de Varnhagen).
Há um ramo da família que trocou o "i" final por um "e", talvez por puro brasileirismo, como ocorre, por exemplo, com alguns nomes como Giovani, que são modificados no momento de se registrar os filhos nos cartórios.

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