O RELÓGIO - JÚLIO MACIEL

Relógio
 
Invadindo a nudez de uma noite sombria,
o relógio roudenho e soturnal escuto;
E não sei que de mau sua voz pressagia,
Fazendo-me cismar na tristeza e no luto.
 
Devorador voraz e impasssível porfia
o pêndulo oscilante´é o camartelo bruto;
-todo o passsado já tornou uma ruinaria.
E o presente faz rir, minuto por minuto.]
 
com sinistro ponteiro em lâmina sinistra,
marca as horas de dor,moroso, lento, lento,
E instante de prazer, precipita, registra.
 
E nessa mesma voz, que oiço de noite em meio,
ele, que proclamou meu princípio momento,
há de um dia naunciar meu derradeiro anseio.

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