PEDRO TENENTE E A SUA OBRA: O PASSADO NO PRESENTE - POR HEITOR FEITOSA MACEDO

 Pedro Tenente (Pedro Gonçalves de Morais) era um dos descendentes do Coronel Francisco Alves Feitosa, filho de um dos antigos troncos que se arraigaram envolta do Riacho do Machado, em Várzea Alegre/CE.
         A despeito de ser analfabeto, com a devida ajuda, conseguiu registrar parte da antiga tradição sobre a história dos Feitosa, pelo menos a que era propalada no meio e no tempo em que viveu.
Talvez essa obra, cronologicamente, tenha sido a primeira a ser escrita sobre a família Feitosa, pois, quando de sua feitura, o autor possuía 64 anos, tendo vagido em 1869. Portanto, a sua obra, O Passado no Presente, constitui o marco inicial de toda a “literatura especializada” sobre a família Feitosa.
O livro narra uma verdadeira epopeia, ombreada às fábulas e contos medievais, onde os Feitosa aparecem como vingadores implacáveis, fazendo guerra por questiúnculas banais. Igualmente, mistura uma pequena porção de verdade a uma volumosa ficção.
Portanto, a leitura desse conteúdo deve ser feita com temperança, pois esse registro é nitidamente fruto da deturpação dos fatos, onde o tempo e a oralidade são os dois grandes culpados.
Certa vez, já vai longe, vendo ler um artigo firmado por João Brígido dos Santos, dando a vinda de certas famílias para o Ceará, onde uma delas a Feitosa, que, segundo ele, “João Brígido”, arrogantemente afirmara ter sido por questões políticas, venho, hoje, embora tardiamente, contraditar aquela afirmativa, a fim de que, tão somente, a verdade dos fatos surja com os seus fáceis naturais. Naquela época João Brígido não era nascido, nem tão pouco eu; porém a tradição nos vai legando as coisas do passado e, de pouco em pouco, vamos bebendo em fontes puras... (Pedro Tenente)[1]

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