Cobrança indireta - Por Giovani Costa

Certa feita, Zé Batista, cunhado da nossa amiga Artemísia, tinha um bar perto do Mercado Central de Várzea Alegre, cujo prédio pertencia ao Sr. Acelino Leandro. O vencimento do aluguel era todo dia 30 de cada mês.
Sempre na mesma data, ou seja, dia 30, mal Zé Batista abria o bar, chegava Seu Acelino com aquele vozeirão. Cumprimentava:
Bom dia, Zé Batista!
Bom dia, Seu Acelino, respondia um desanimado Zé Batista. Zé Batista, como estão as coisas? Estão indo bem? Perguntava Seu Acelino.
Tá nada, Seu Acelino, comércio tá muito fraco, vendendo muito pouco, o povo sem dinheiro, um fiado danado, que os "cabas" não querem pagar, não tá nada fácil, Seu Acelino, tô pensando em fechar isso aqui...
Mas homem, não desanime não, Zé, e olhando para o calendário do relógio no braço, dizia: Olha aqui oh, o mês ainda não terminou não, rapaz, hoje ainda é o dia trinta, não se esqueça, ainda é dia trinta, deixe de ser desanimado!

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