O FUTURO DO BRASIL NO RETROVISOR - De Valdecy Alves (Poeta de Senador Pompeu)

O FUTURO DO BRASIL NO RETROVISOR
De Valdecy Alves - A todos indignados acima das ideologias
Ó pátria amada... surrupiada...
Quem a salva? Quem a salva?
Entre outras mil, és tu Brasil, tão assaltado
Dos filhos deste solo, não és mãe gentil
Oh! Andrajosa pátria pilhada
Que na sua jugular, sangue do povo
Jaz o vampiro ali colado!
Após nela saltar do trampolim da eleição!
A saúde do Brasil está na UTI
E o vírus é a maioria dos políticos brasileiros
E as vítimas os milhões sem médico e hospital...
O mosquito da dengue reza para seu deus
Todas as manhãs... o governante corrupto..
enquanto a corrupção ri do câncer...
Nem a segurança no Brasil está segura
Nem os seguranças têm segurança
E o bandido seguro caça policiais
O povo é assaltado nas ruas
Quando lhe sobra alguma coisa do assalto público...
E o assaltante de banco por mais que roube e assalte
Não consegue assaltar num ano
O que um mau político rouba numa licitação...
O mais cruel pistoleiro não mata ao longa da sua vida
Como o mau governante que assaltou a saúde do povo!
Os ladrões brasileiros são frustrados...
E agora todos querem ser políticos...
Terão mais e serão chamados de Vossa Excelência...
A educação virou presa da corrupção
E professor, vetor da educação,
Mais perseguido que mosquito da dengue
Chamam o cabresto da escravidão
De Bolsa família... de bolsa qualquer coisa
E manutenção dolosa na necessidade crônica
De programa social... vai mais que mal...
Maldito cabrestão do cão!
E o Estado brasileiro está em péssimo estado
Pior Estado que o do Estado
Só o estado do povo brasileiro
Devorado pela criatura que criou e alimenta...
Com o voto tão exercido distorcidamente
A violência de 1.000 guerras
Vitima todos num banho de sangue diário
Que viram um rio no mês... um oceano num ano...
E muitos que criam e produzem cultura
Se ajoelham ao status quo
Dizendo amém a quem governa...
Num país em que os melhores políticos
Ainda são ruins... tão exceção a exceção!
Em troca de centavos de editais...
A briga pelo poder político
É a briga pelo poder
Não pela política para servir
E o socialismo que governou salvou o capitalismo
Que socializou os prejuízos jamais os lucros...
E a vítima roubada pela corrupção
Vende o voto por lhe faltar o pão
Mínimo existencial que era pra ser proporcionado
Pela oportunidade não pela esmola...
E não é democrata quem compra voto
Nem quem vende o voto nessa prostituição...
E o rombo da previdência
É do tamanho do abismo
Da falta de moralidade pública
Mais do que déficit previdenciário
Tem-se déficit de governantes ao menos honestos
Visto que ser desonesto é sinônimo de reeleição
E o Poder Executivo executou o Legislativo
E tenta executar o Poder Judiciário
E vai executando tudo...
Menos as mínimas políticas públicas
Que dormitam como sonhos na Constituição...
E a verdade passou a ser filha do marketing
A palavra que não passa da intenção
Que não passa da ficção
Substituíram o ato da efetivação...
Assim...nem a verdade é mais verdade...
Pois roubaram o significado da mentira e da verdade
Reinando desde o império a ideologia da malversação
Nem direitos sociais... nem direitos dos animais...
E se em Brasília recrucificassem Jesus
Roubar-lhe-iam a última peça de roupa
Furtar-lhe-iam a cruz...
Mas para não dizer que nada furtaram
Furtaram dos romanos a arte de crucificar
Para crucificarem a Constituição e o povo
Transformaram o Brasil no neoinferno
E o demônio em aprendiz...
De janeiro a dezembro...na última década
Tiradentes... Frei Caneca... Conselheiro... lampião
Só teriam a reclamar...
E o povo se agarra com a bíblia
E o povo segue o pastor...
Segue o bispo... o padre cantor...
E o povo segue o político
Pouco são sérios... ouro exceção...
E chega a lugar nenhum
Todos caminham para o nada
Agoniza a esperança
Sucumbe a utopia...
Do que vale o novo dia...
Se é pior que o ontem...
Que foi pior que o anteontem...
Começa-se a ter-se medo do amanhã...
A saudade começa a vencer a esperança
E se olha para o futuro pelo retrovisor!
Lamentando... lamentando... lamentando!
Ui...uiui.. ai... aiaiai! Oh, deus! Oh,céus
Como era menos infeliz e não sabia...

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