Sabiá ( mimosa caesalpinifolia)

SABIÁ (Mimosa caesalpiniifolia)

Informação básica da planta

1 - NOMENCLATURA
2 - OCORRÊNCIA
3 - DESCRIÇÃO
4 - USOS

NOMENCLATURA

Nome cientifico: Mimosa caesalpiniifolia Benth.
Família: Fabaceae-Mimosoideae
Nomes Populares: sabiá, sansão-do-campo, unha-de-gato, cebiá.

OCORRÊNCIA

           É considerada nativa do Nordeste, correndo em áreas da caatinga do Piauí, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Ceará.

DESCRIÇÃO

           Árvore de 4-8 metros de altura. Caule com diâmetro entre 20-30 cm, de aspecto ramificado. Planta bastante esgalhada e dotada de acúleos que podem estar ausentes em alguns exemplares. Folhas compostas, bipinadas, em geral com seis pinas opostas, cada uma com 4-8 folíolos, com cerca de 8cm de comprimento. Flores brancas, pequenas, axilares, reunidas em espigas cilíndricas de 5-10cm de comprimento e, às vezes ordenadas em panículas terminais. A floração ocorre de outubro a março. Os frutos são legumes articulados, planos, medindo de 7-10cm de comprimento e de 10-13mm de espessura. As sementes são lisas e duras, medindo 5-8mm de diâmetro e apresentam dormência tegumentar. Um quilo de sementes encerra aproximadamente 11.800 unidades, enquanto que no volume de um litro tem-se cerca de 10.000. Reprodução sexuada e assexuada por meio de estacas, rebrota de tocos e raízes (Rizzini & Mors 1976; Tigre 1968; Mendes 1989; Drumond et al. 1984; Maia 2004). A madeira possui alto peso específico básico (0,86 g/cm3), alto poder calorífico, rendimento gravimétrico de carbonização a 420±200C de 41,1%, com 73% de carbono fixo e teor de cinzas de 1,8% (Mendes 1989; Drumond et al. 1984).

USOS

          A espécie é explorada para produção de estacas, mourões, dormentes, lenha e carvão. As estacas são as mais usadas em cercas no Ceará e possuem uma vida útil acima de 20 anos, mesmo não recebendo nenhum tipo de tratamento e em condições desfavoráveis. Em algumas regiões chegam a produzir cerca de 5.000 estacas/ha ao final de 5 anos de idade. Na medicina caseira é usada contra males estomacais das vias respiratórias e como cicatrizante. Na restauração florestal é utilizada para o reflorestamento de áreas degradadas. Em sistemas agroflorestais pode ser usada na composição de faixas arbóreas deixadas entre plantações e como cerca viva. Representa importante fonte de pólen e néctar para abelhas, vespas e mariposas. É considerada uma forrageira de alto valor protéico, servindo de alimento para muitas espécies de animais (Drumond et al. 1984; Carvalho et al. 1990; Sampaio 2002; Pereira et al. 2003; Maia 2004).
            A produção de mudas é feita a partir de sementes colocadas diretamente em canteiros semi-sombreados. A emergência da plântula ocorre entre 5-20 dias e o percentual de germinação geralmente é superior a 50%. O transplante das plântulas deve ser feito quando atingirem 3-5cm de altura. As mudas devem ser mantidas em canteiros de espera por cerca de 4 meses, quando poderá ser realizado o plantio definitivo no campo. Quando o plantio for destinado a áreas onde o sabiá não ocorra naturalmente, é recomendo que durante a produção de mudas suas sementes sejam previamente inoculadas com rizóbios e fungos micorrízicos espécificos, visando favorecer a absorção de nutrientes, sobretudo o nitrôgenio (Maia 2004). Possui sistema de produção e mercado organizado. Existem plantios e sistemas de manejo comerciais estabelecidos, com estacas, custando entre R$ 1,50 e 3,00 cada. Os plantios comerciais atualmente conhecidos estão localizados no Ceará, no Rio Grande do Norte e em Pernambuco, sendo o Ceará o detentor da maior área de produção. O número de estacas que é comercializado é elevado, no entanto, ainda pode ser expandido, pois a demanda é alta. Hoje, existem diversas cidades do nordeste (Bezerros-PE, Sobral-CE e Natal-RN) com pontos de comercialização fixos, que garantem uma oferta permanente de estacas de sabiá.
Da página do Chef Robinho, do Facebook.
Foto: Chef Robinho

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