O PEIDO QUE CUROU ZELIM - POR GIOVANI COSTA
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O peido que curou Zelim - Por Giovani Costa
José Alves de Morais ( mais conhecido por Zelim), já falecido, era primo do meu pai, morava no Sanharol e sofria das faculdades mentais, chegando a ser internado na cidade do Crato, quando estava em crise.São muitas os causos das "doidices" de Zelim.
Certa vez Zelim ficou " mais atacado", como os mais velhos diziam e tiveram que levá-lo para o Crato.Seu primo Zé André, muito embora sem estudo, era um psiquiatra auto-didata, era mais quem sabia lidar com este tipo de paciente. Sabia as artimanhas dessas pessoas e sempre era chamado quando tinha algum vizinho ou parente necessitando da sua ajuda. Muito inteligente, sempre bolava alguma ideia na cabeça para lidar com certas situações complicadas.
Levaram Zelim numa Rural e o motorista era Raimundo de Durval. Acompanhando iam também Paulo Santiago e Gabriel Morais (Bilé de Mané).
Durante todo o trajeto da viagem, todo movimento que o motorista fizesse , como passar marcha, buzinar, etc, Zelim imitava, mas Zé André alertava que ninguém poderia achar graça (sorrir), com aquilo, porque piorava a situação.
Quando chegaram no hospital, Zelim sentou-se no chão e não queria entrar. Quatro homens o seguraram nos pés e nos braços e quando iam passando na porta, Zelim soltou um peido tão grande e podre que aqueles que iam com ele, soltaram Zelim. Apodreceu toda a recepção do hospital, mas Zelim ficou curado, ficou bonzinho que nem foi preciso mais ficar internado.
O peido era quem estava lhe fazendo mal.
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O meu pai contava que no segundo dia de internamento ele perguntou : Zelim o que você quer almoçar hoje? Resposta - Um maneiro pau!
ResponderExcluirZelim viu no Crato uma televisão, novidade que ainda não existia na Várzea. Ao chegar na casa de Santiago falou para uma turma de parentes que jogava biriba : Meninos, no Crato eu vi um radio que agente vê as pessoas dentro conversando. Pedrila alertou : podem amarrar e levar de volta. Ele não ficou bom.
O nosso primo Zelim era de fato louco, mas deixou muitas história engraçadas que fazem parte, digamos assim, do folclore da nossa gente. Obrigado , António Morais, mais uma vez pelo seu comentário!
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