Negros, igualdade ou ilusão?


Negros, igualdade ou ilusão?

Todos nós sabemos, pois aprendemosisso até por meio da história oficial quenos é passada no banco da escola, aforma como o negro chegou ao Brasil.E essa história é a que é repassada, atéhoje, entre as gerações, inclusive de quea assinatura da Lei Áurea foi o momentoda redenção do negro, quando a dor ea segregação cessaram. Este é o retratode um Brasil dissimulado.Os indicadores socioeconômicos revelama desigualdade imensa que existeentre os afrodescendentes e os brancos,no Brasil. O Índice de DesenvolvimentoHumano (IDH), um indicador internacionalque pontua de zero a 1 o bem-estardas populações, mostra isso. Matéria darevista “Veja” desta semana, que estampao tema em sua capa, revela que em2000, no Brasil, pretos e pardos cravavam0,531 e brancos 0,675. Dez anos depois,pretos e pardos alcançaram 0,679 eos brancos 0,777. Os negros são os maispobres do país. A renda deles é metadeda dos brancos. Entre os 10% mais ricosdo país, 70% é de brancos. Entre os 10%mais pobres, 74% é de negros.Dados do Censo da Educação Superior,do Pnad/ IBGE e do IDados (empresade consultoria e pesquisa especializada),mostram que os negros também são osmenos instruídos. Em 2005, em relaçãoa quantidade de anos de estudo da populaçãoadulta, os negros aparecem com4,7 e os brancos, com 6,3. Em 2015, osnegros pontuam com 6,2 e os brancoscom 7,5. Em relação a analfabetos adultos,em 2005, 24,2% da população analfabetaera de negros e 16,2% de brancos.Em 2015, 16,8% é de negros e 12,5% debrancos.Um único ponto que alivia a barra doracismo no Brasil nos últimos dez anos,mas que ainda é muito questionado pelasociedade, foi a criação das cotas nasuniversidades. Em 2009, 92% dos matriculadosno ensino superior era de brancos,e 8% de negros. Em 2015, 63% é debrancos e 27% de negros.Os negros são os que morrem maiscedo e são os menos representados napolítica. São os que têm piores condiçõesde moradia, quase inexistem entreos executivos de grandes empresas esão maioria nas cadeias e os que maismorrem vítimas da violência. Conformeo Ministério da Justiça, em 2004, 41,6%dos presos eram de brancos, enquanto58,4%, negros. Dez anos depois, 33%eram brancos e 67%, negros. Conformeo SUS, o Ministério da Saúde e o IDados,de cada 100 mil habitantes, com idadesentre 15 e 29 anos, mortos pela violência,em 2005, 66 eram negros e 32, brancos.Dez anos depois, 82 eram negros e30, brancos.
Nornal Em Tempo -Manaus, segunda-feira, 20 de novembro de 2017

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