A Poesia de José Augusto de Lima Siebra - Por Stela Siebra de Brito


A Poesia de José Augusto de Lima Siebra - Por Stela Siebra de Brito.

José Augusto de Lima Siebra, nascido em novembro de 1881, em Várzea Alegre, vivenciou seus grandes momentos poéticos na primeira metade do século XX. Oriundo de uma família de agricultores teve apenas instrução primária, mas, sendo um ávido leitor, ampliou seus conhecimentos e com isso suas possibilidades intelectuais.

Participou de movimentos políticos da cidade do Crato e do estado do Ceará, foi orador e poeta. O poeta foi pouco conhecido e quase nada restou dos seus manuscritos, mas pelo material que suas filhas conseguiram recuperar, dá para reconhecer seu mérito poético.
Sou neta de Zé Augusto e sou-lhe muito grata pela herança que me deixou: o amor pela poesia. Estou muito feliz de trazer para o blog Sanharol, a poesia do meu avô. E agradeço a Moraes pela acolhida.


Meu pomar - José Augusto de Lima Siebra

Plantei um pé de roseira
Lá dentro do meu pomar
Com muito jeito e carinho
Comecei a cultivar.

A roseira se estendeu
Com galinhos bem frondosos
Em cuja fronde mimosa
Realçaram quatro rosas.

Cada rosa mais formosa
No galinho a balançar
Dava graça, dava encanto,
Dava vida ao meu pomar.

A roseira se movia
Balançando as quatro flores
Vivia de seus encantos
Vivia de seus odores.

Porém como esta vida
É cheia de dissabores
Quando menos se esperava
Lá se foram duas flores.

Agora outra rosinha
Do galho se desprendeu
O jardineiro assustou-se
A roseira entristeceu.

Se a rosinha que restou
Do galho se desprender,
Pode a roseira secar
E o jardineiro morrer.
.
O pomar é nossa casa
A roseira és tu, Maria
Nossos filhos são as rosas
Jardineiro, quem seria?

(Sítio Malhada, junho de 1938)
Copiado de http://blogdosanharol.blogspot.com.br de 23 de agosto de 2010
Blog do Antonio Morais

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