Maxixe quente - Por Mundim do Vale

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O meu parente Mundim de Benedito ( Pai da Ribeira ). Foi por um tempo nosso vizinho no sítio Vazante.
Me contou o primo Cascudo, que um dia ele saiu para a roça e a sua esposa Tereza ficou um cozinhando um feijão verde. Pense num feijão no jeito! Queijo, nata, jerimum caboclo, quiabo e maxixe.
Mundim chegou para o almoço e Tereza disse:
Mundim vá tomar banho que o almoço tá quase pronto.
- Mas antes eu vou olhar se o maxixe tá bom.
- Pois tenha cuidado que o maxixe tá quente.
- Tá nada, quem tá quente aqui é eu.
- Mundim, tu larga de besteira, que os meninos tão escutando.
Pai da Ribeira pegou a concha, tibungou no caldo, pescou um maxixe e jogou na boca. Enquanto o maxixe estava na prótese dentária não houve problema, mas quando desceu, Mundim correu em direção do pote, se abanando com o chapéu, que parecia mais com alguém enfartando. Depois de um caneco de água, Mundim mudou de aparência e Tereza falou:
- Eu num disse que o maxixe tava quente teimoso!
- Mas num tá mais quente do que eu.
Dedico esse causo ao meu amigo Giovani Costa, sobrinho do principal personagem e a escritora
Glória, para que ela tenha noção do que é maxixe quente.
Mundim do Vale
Mundinho de Benedito (Pai da Ribeira) e a irma Andrezinha


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