HOMENAGEM A DONA MÃE E TODAS AS MÃE DO BRASIL -- POR SEU ZEZÉ

HOMENAGEM A DONA MÃE E TODAS AS MÃE DO BRASIL
Sou filho natural do Sitio Barreiros Município de Milagres – Ceará, nasci dia de Nossa Senhora dos Milagres, dia 15 de agosto de 1962, época em que os filhos tinham verdadeira adoração aos pais, obediência. Era 24 horas, senhor, senhora, bênção papai, bênção mãe, ao dormir, acordar, tínhamos, digo tínhamos porque estou fazendo referencia ao tempo de criança, verdadeiro respeitos, aos padrinhos seja de batismo ou fogueiras, aos mais velhos, parentes, vizinhos e amigos. Ah! Tempo velho que se foi e não voltará jamais. Ah! Saudade!
Nos dias das Mães era aquela festa, emoção, lagrimas que escorriam nos olhos dos mais velhos aos mais novos. Agente costuma guardar na memoria, as coisas boas e também ruim do nosso tempo de criança, aqui vou relatar um “causo” que se “assucedeu”. Quando criança, com 6 a 7 anos, em uma homenagens as mães, lembro como hoje, todas elas sentadas em bancos de madeiras ou cadeiras de couro, em frente a uma calçada alta, os pais mais afastados, na casa de Tia Lorêto, terceira esposa de meu avô, e também professora, eu nervoso , quando chegou minha vez de homenagear as mãe, subi a calçada, com 5 ou 6 degraus, emocionado, botei as duas mãos pra trás, trêmulas e suadas, e comecei a cantar esta canção.
“Parei por um instante e pensei
Chorei por que ela não estava aqui
Mas nesta hora ela pensa em mim eu sei
Saudade como eu deve sentir
O seu lenço tão molhado na partida
E o trem que se fazia tão veloz
E mesmo assim ainda ouvi a sua voz
Não se esqueça desta que lhe deu a vida”.
Grande sucesso de Lindomar Castilho, “Minha Mãe, Minha Heroína”. As emoções foram tantas que quase a aquele menino não consegue mais cantar. Naquele tempo, dona Mãe com quarenta e poucos anos, cheia de energia, cuidando de 11 filhos, lavava roupas, fazia comida e ia deixar na roça, carregava agua pra encher os potes, pilava milho, arroz, fazia mugunzá, xerém, em fim comida, era uma escrava dos filhos e da família. Mulher valente, sertaneja, guerreira, era nossa cangaceira. Hoje com o passar do tempo, décadas depois, com mais de 95 anos, Dona Mãe, anda arrastando as pernas, fazendo da fraqueza a forca e com muita vontade de viver. A saúde, suas energias, estão como candeeiro, com o querosene no fim e a luminosidade ficando fraca, cada vez mais fraca, mas isto somos todos nós, como ela mesmo diz, “quem não morre novo de velho não escapa”. Forte nela, só a vontade e muita de viver e a sua memoria no relatos dos passado, graças a Deus. Agora sim , chegou a vez, dos filhos e família retribuir o tudo que ela fez, estender as mãos e saber o que ela precisa. Mesmo assim, agora mesmo, 8:10, após passar uma fina neblina, lá vem ela, segurando o bastão em uma mão, o prato na outra deixar na Casa da Cultura a merenda de Seu Zezé. Tapioca, ovo cozido e queijo.
“Minha mãe, minha heroína
Minha mãe, minha flor divina”
Mãe, a sua existência é fundamental para que haja compreensão, paz e harmonia em nossa família e em nosso lar. A senhora com toda sua sabedoria e respeito, sabe controlar e acalmar á todos nos dando verdadeira lição de vida. Dona Mãe merece o que existe de melhor no mundo, muita saúde e felicidade plena, e principalmente nestes dias de pandemia.
Minha gente, hoje não é dia das mães, não é aniversário de dona mãe, ela está bem dentro do possível preste a completar seus 96 anos, mas amanheci assim com vontade de falar estas coisas e falei.
“Eu agradeço tanto a Deus por ter mamãe
Que muita gente tem mas não lhe da valor
Outros não têm e hoje choram seu amor
Por isso nunca vou cansar de agradecer
Existem tantas mães chorando desprezadas
Fizeram tanto, tanto e não pediram nada
Eu agradeço tanto a Deus por ter mamãe
A quero tanto e sem ela não sou nada”.
Crato, 16 de Dezembro de 2020.
José Iderval da Silva
“SEU ZEZE”
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