LENDAS URBANAS - A FIGUEIRA DAS LÁGRIMAS



 LENDAS URBANAS

A FIGUEIRA DAS LÁGRIMAS

"No Ipiranga encontra-se uma belíssima figueira brava, cujos galhos bracejando em sanefas de verdura, formam um bonito dossel em toda largura da estrada. É este o sítio das despedidas saudosas. Aqui vêm abraçar-se, e jurar eterna amizade, aqueles que se separam." Emílio Zaluhar, no seu livro peregrinação pela Província de São Paulo, de 1862. 

Nesse caso, o fantasma responde pelo nome de descaso do poder público. " Na Estrada das Lágrimas, 515, encontra-se a figueira brava, uma das árvores mais importantes da história do Brasil, cuja idade é mais antiga que a da própria Independência. Hoje, a árvore sobrevive apenas pelo esforço , amor e dedicação de uma única pessoa, já que as autoridades há décadas esqueceram dela", diz o jornalista e  historiador Douglas do nascimento.

Diante dela passaram mercadores, soldados, viajantes: "Ela marcava o ponto de despedida para quem descia ou subia a Serra do Mar, como amigos e colegas que acompanhavam os estudantes de direito da Academia de São Paulo que voltavam para a corte, no Rio de Janeiro. Também era o local de despedida dos Voluntários da  Pátria que partiam para a Guerra do Paraguai. Por ela também passou D. Pedro, quando retornava de Santos no célebre 7de setembro de 1822. Seu filho dom  Pedro II foi recebido no local por uma comitiva de paulistas, quando de sua visita a São Paulo em 1846", explica o historiador Paulo Rezzutti, autor de Titília e Demonão - Cartas Inéditas de dom Pedro I a Marquesa de Santos.

hoje, o abandono do local onde se encontra a figueira brava, nativa da floresta que se estendia do litoral ao planalto, é visível. "O o centenário muro com gradil que a cerca está completamente comprometido devida a ação das raízes que se movimentam lentamente pelo solo", explica Douglas Nascimento.

mesmo sendo pare do terreno da casa de dona Iara, a senhora que cuida dela com tanto desvelo, não há nada que ela possa fazer. Se tentar melhorar as condições do local, a senhora pode até ser multada até porque a árvore - quem diria! - é patrimônio histórico paulistano.

Extraído de: leituras da História (Edição Extra)

Comentários

AO ACESSAR ESTE BLOG VOCÊ TENHA O PRAZER DE SE DEPARAR COM AS COISAS BOAS DA NOSSA TERRA! OBRIGADO E VOLTE SEMPRE!