Algumas palavras sobre O Romance do Cruzeiro Isolado e o Parangolé do Fuxico do Vai-e-Volta.- Por José Walter Pires

 


Algumas palavras sobre O Romance do Cruzeiro Isolado e o Parangolé do Fuxico do Vai-e-Volta.

Boa noite, Doutor: espero que este bem, com saúde e paz. Tenho boas notícias. Terminei agora (ufa!) O seu romance épico, de 561 páginas, isso, nem bem saído do Pedra do Reino e Bazófias, do Beto Brito. Uma aventura e tanto de quase 2.000 páginas, antropofogamente, devoradas, sem exageros. O seu romance épico, igualmente, autobiográfico, disfarçado na personagem do escritor e poeta, Zé Lotero (ou não?), acompanhado do fanfarrão Parangolé, transportados pelos sete continentes, nas asas da burrinha Gazolina e do Jumento Nosso irmão, que se renderam ao amor, pois tinha de acontecer, porque não há romance sem um, vivendo as mais empolgantes aventuras, isso num banho de cultura e conhecimento descomunais, pelos costumes, tradiçoes, história, civilizações, estiveram revelados pelos caminhos aéreos e terrestres, com fatos e ficção nascidos da prodigiosa verve e genialidade do autor protagonista. Confesso, que a leitura de Suassuna, o inspirador inequívoco da sua obra, muito me facilitou o envolvimento romance do Cruzeiro Isolado, à busca da genealogia, dos tesouros, dos reis e reinados, das guerras santas e outras, sem faltar a presença das valentias nordestinas, dos seus vultos e crendices, marcantes nessa historiografia regional. Quanto à barreira policial, ao aventutarem-se ao futuro, reputo merecida, pois seria por em xeque tudo aquilo que é desconhecido, sem se falar nas enganosas profecias, inteiramente desacredidatas na atualidade, pois as explicacões científicas e cibernéticas se encarregaram de desmerecê-las, por razões obvias. Ainda bem que esses passageiros do tempo e do futuro não se interessaram em discutí-las para não quebrar o encantamento da obra. Sinceramente, um extraordinário folêgo narrativo, na forma de um "cordel encantado", como a promessa de ser escrito pelo "sabichão" poeta e escritor da raça humana, como queria sê-lo também o Quadernas de Suassuna. Que mais dizer sobre essa epopeia do passado, do presente e do futuro, na explosão do "voa, trovão", quando tudo já ficou dito pelos que falaram sobre este epopeico romance, do princípio ao fim, sempre nas duas horas do anoitecer, com uma média de 100 páginas por dia, neste mês de fevereiro. Claro que deixei de citar nomes das suas circunstâncias nas paragens cearenses, como das figuras históricas desse vasto mundo que percorreu, como se fosse Raimundo, porque poderia me perder mais ainda nesses rústicos comentários, que nem sei se verdareiros são. Ah, para não ficar esquecido, a burrinha virgem Gazulina, bem mereceu o matrimônio e o descanso pela serventia que prestaram, assim como pégasos sertanejos.
Parabéns
. Com as minhas escusas se proferir o que não devia.
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José Walter Pires
21/fev/2021

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