REVOLTAS E CONFLITOS NO BRASIL COLÔNIA (2a. Parte) - O ENTRICHEIRAMENTO DE IGUAPE

 

REVOLTAS E CONFLITOS NO BRASIL COLÔNIA: A maioria deles ocorreu entre o fim do período pré-colonial brasileiro e a elevação do atual território nacional a Reino Unido de Portugal 

Entrincheiramento de Iguape

Tido como o primeiro conflito colonial, ele ocorreu na barra de Icapara, em Iguape, a cerca de 70 quilômetros ao norte de Cananéia, litoral do atual Estado de São Paulo. Na época, a povoação local que havia sido estabelecida pelo desertor espanhol tenente Ruy García de Moschera nas primeiras décadas do século 16, era composta por náufragos e desertores espanhóis do Rio da Prata, que se fizeram aliados a Cosme Fernandes, o chamado bacharel de Cananéia.
Em 1534, em represália ao massacre de 80 integrantes da entrada de Pedro Lobo pelo carijós, ocorrido em 1531 às margens do Rio Iguaçu, pero de Góis intimou os espanhóis tanto a entregar o bacharel de Cananéia quanto a prestar obediência ao rei de Portugal e ao governador Martim Afonso de Sousa  em 30 dias, sob pena de confisco de bens. Como Mosquera respondeu que não reconhecia a jurisdição da Coroa portuguesa, uma vez que se encontrava em terras de Castela, criou-se um impasse.
Logo depois, diante da iminência do ataque português, ele e o bacharel, apoiados por 200 indígenas flecheiros, capturaram um navio corsário francês - que , pouco antes, aportara em Cananéia em busca d e provisões - e se apoderaram das aramas e munições da embarcação. Em seguida, cavaram uma trincheira em frente à povoação de Iguape, no sopé do morro atualmente conhecido como Outeiro do Bacharel e a guarneceram com quatro das peças de artilharia do navio francês. Na sequência, dispuseram 20 espanhóis e 150 indígenas no manguezal da foz da barrado Icapara, à espera da força portuguesa que, por sua vez, era composta por apenas 80 homens.
Quando os portugueses desembarcaram, ao serem recebidos pela artilharia, eles tentaram fugir. os que conseguiram, foram surpreendidos pelas forças espanholas emboscadas na foz da barra. Todos pereceram, inclusive Pero de Góis, que foi atingido por um tiro de arcabuz. Apesar da vitória, no dia seguinte, os espanhóis embarcaram no navio francês. Ao alcançarem a Vila de São Vicente, eles a atacaram e mataram dois terços de seus habitantes. Em seguida,  após pegarem o livro de tombo local, saquearam e incendiaram o vilarejo que ficou totalmente destruído. eles cogitaram a intenção de permanecer por ali, mas, em virtude das incursões sistemáticas das forças luso-brasileiras, que arregimentaram índios rivais de "serra acima", os espanhóis foram forçados a se retirarem pelo mar. De início, navegaram para a Ilha de Santa Catarina, onde fizeram uma pequena parada, ntes de, rumarem em direção a Buenos Aires.



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