Villa Rica, poema de Claudio Manoel da Costa, árcade ultramarino, com o nome de Glauceste Saturnio

 Villa Rica, poema de Claudio Manoel da Costa, árcade ultramarino, com o nome de Glauceste Saturnio.

Ouro Preto, 1839.
Primeira edição.

Hoje, 21 de Abril, é um dia repleto de efemérides. Fundação mítica de Roma, tragédia da morte de Tancredo Neves e martírio de Tiradentes, sendo esta última o que nos legou um feriado nacional.

Todo 21 de Abril a Imperial Cidade de Ouro Preto torna-se, simbolicamente, a capital das Minas Gerais. E esta publicação é uma homenagem a ela, a cidade que para os mineiros é a mais bonita do Brasil.

Em 1773 nosso grande poeta árcade escreveu sua epopeia, dedicada a mostrar em versos o surgimento de Minas Gerais e a fundação de Vila Rica. O local do "precioso ouro negro" teria sua glória e também enfrentaria sua decadência, maldição que o ouro traz consigo.

Cláudio Manuel nunca veria publicado o poema que dedicou ao Conde de Bobadela: ele veio à luz apenas em 1839, exatos 50 anos após seu provável suicídio. A iniciativa foi provavelmente do juiz e político ouro-pretano Bernardo Pereira de Vasconcelos, correspondente do IHGB, que preferiu se manter anônimo. A impressão obrigatoriamente teria que ser, e foi, em Ouro Preto, já com uma atividade jornalística e gráfica intensa na época.

Sobre o objeto:
Nosso exemplar de Vila Rica traz ainda o chamado "Fundamento Histórico", escrito por Cláudio Manuel para justificar e mostrar os fatos abordados no poema, que como todo épico é uma idealização. Além disso, traz o soneto em homenagem ao autor, com a última folha datada de 1841, mostrando que o livro levou dois anos para ser impresso.

Livro considerado raríssimo mesmo por estudiosos e bibliófilos do século XIX. Alguém anotou, em 1889, o valor de 3$000 (três mil réis) pago por ele.
"“… seu provável suicídio…”. No livro, Claudio Manoel da Costa, de Laura de Mello e Souza (Companhia das Letras, 2011), a autora, por meio de pesquisas minuciosas,inclusive análise do corpo pendurado por uma corda, sem nenhum banco
ou algo similar que ele pudesse ter subido para se enforcar, nos conduz a acreditar que Cláudio Manuel “foi suicidado”.












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