REVOLTAS E CONFLITOS NO BRASIL COLÕNIA - GUERRA DOS MASCATES

 


GUERRA DOS MASCATES

Considerada como o primeiro movimento nativista em sua essência, a Guerra dos Mascates ocorreu entre 1710 e 1711, na então Capitania de Pernambuco, onde senhores  de terras e de engenhos pernambucanos, concentrados em Olinda, confrontaram-se com comerciantes reinóis (portugueses da metrópole) de Recife que, pejorativamente eram chamados de mascastes.

Em meio as primeiras confusões, os sectários dos mascates se apelidaram de Tundacumbe, cipós e camarões. Por sua vez, os sectários dos nobres se assumiram como pés rapados - porque toda vez que tinham d tomar as armas, punham-se descalços, para manejá-las com mais destreza -, alcunha que em Pernambuco se tornou sinônimo de nobreza. 

De certa forma, o início de tudo se deu em fevereiro d e1709, logo após o povoado de Recife ser elevado, por Carta Régia, á condição de de vila. Em consequência, enquanto Recife se separava formalmente de Olinda - sede da capitania -,os comerciantes locais inauguraram o pelourinho e o Prédio da Câmara Municipal. Pouco depois, começou o conflito pela supremacia da região> No entanto, devido à violência dos comerciantes, membros da aristocracia rural abandonaram Olinda parta se refugiar nos engenhos onde também viviam.

Mas, em 1710, sob a liderança do capitão-mor Pedro Ribeiro da Silva, eles se organizaram e resolveram avançar em direção a Recife. Ao alcançarem Afogados, receberam reforços oriundos tanto de São Lourenço quanto dos remanescentes de Olinda, que se faziam liderados por Bernardo Vieira de Melo e por seu pai, o coronel Leonardo Bezerra Cavalcanti. Eles invadiram a vila, demoliram o Pelourinho, rasgaram o Foral Régio, libertaram os nobres que haviam sido presos e começaram a perseguir pessoas ligadas ao governador dos mascates, Sebastião de Castro Caldas Barbosa que , para garantir a própria segurança , retirou-se para a Bahia, após levar um tiro. A capitania ficou a cargo do bispo Manuel Álvares da Costa e os mascates, aparentemente, dispersaram-se.

Mas, em 1711, eles contra-atacaram, invadiram Olinda, provocaram  incêndios e destruição em vilas e engenhos locais. Porém, com  a nomeação de um novo governador para Recife ( Félix José de Mendonça), tropas puseram fim à guerra. A burguesia mercantil recebeu o apoio da metrópole e o Recife manteve a sua autonomia. com a vitória dos comerciantes, reafirmava-se o predomínio do capital mercantil, proveniente do comércio, sobre a produção colonial.


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