Quiosques, árvores com raízes imensas, praias amplas
e desertas. A água salobra lembra que o turista não
está em qualquer litoral: trata-se da Ilha de Marajó,
cercada pelos rios Tocantins e Amazonas e pelo Oceano
Atlântico. Aqui, búfalos, cerâmicas milenares e bicicletas
compõem o cenário com céu azul, chuvas de floresta e um
povo muito receptivo. Confira nas próximas páginas o deleite
visual marajoara pelas lentes de Vellas e Agustín Claramunt.
Maior ilha fluviomarítima do planeta, a
Ilha de Marajó tem 40 mil km2 e 17 municípios.
É possível ir de lancha de Belém até o
Soure ou Salvaterra – onde ficam a maior
parte das atrações do lugar, com pousadas,
lojas de artesanato e fazendas de búfalos.
A vegetação litorânea se parece com a
de mangue, com raízes grandes e cheias
de espaços para que animais de pequeno
porte se escondam, mas há planícies, mata
fechada e grandes extensões de areia com
calçadão e restaurantes. O transporte
dos turistas afeitos à aventura pode se
dar por bicicletas. Dá para pedalar com
tranquilidade, na maré baixa, de uma praia
à outra. Também é possível visitar artesãos
que até hoje fabricam cerâmica marajoara,
uma prática milenar dos povos originários
da região. Estima-se que a atividade é
de 400 a 1300 d.C., mas, após ser
descoberta no século 19, voltou a ser
tradição em Marajó.
Na região, mesmo com o excesso de umidade
e clima quente, duas raças de cavalos
conseguiram se adaptar e hoje compõem a
fauna local. Os cavalos da espécie Marajoara
receberam este nome porque sobrevivem no
clima adverso típico da ilha. Andam a galopes
curtos, são enérgicos e dóceis. Por lá,
também encontramos os pôneis conhecidos
como Puruca, que são procurados pelos
vaqueiros para o trabalho com gado, por sua
agilidade de locomoção.
Fonte: Revisa Velvet -07
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