Celebrado em 20 de novembro, é uma data de reflexão, resistência e luta, instituída como feriado em diversos estados, capitais e cidades brasileiras. A ocasião presta homenagem ao líder quilombola Zumbi dos Palmares e destaca a importância da conscientização sobre a história, cultura e desafios enfrentados pela população negra no país.
Zumbi dos Palmares é um dos grandes nomes da história do Brasil. Ele foi um dos líderes do Quilombo dos Palmares, o maior e mais longevo quilombo da história de nosso país.
Zumbi lutou pela liberdade de culto e religião, bem como pelo fim da escravidão colonial no Brasil e, portanto, tornou-se o maior símbolo pela liberdade dos negros na história do nosso país.
Na época em que era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Após enfrentar algumas invasões, Palmares foi destruída em 1694 e, no ano seguinte, mais precisamente em 20 de novembro de 1695, após sofrer uma emboscada, Zumbi foi morto por uma expedição portuguesa.
Os quilombolas resistiram por mais algum tempo, mas as intervenções portuguesas impediram que novos quilombos fossem formados.
O Reconhecimento Oficial O feriado foi adotado em seis estados brasileiros - Alagoas, Amazonas, Amapá, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo - e em três capitais: João Pessoa (PB), Florianópolis (SC) e Goiânia (GO). Mais de 1.200 cidades em todo o Brasil também reconhecem a data como feriado, conforme dados da Fundação Palmares.
Projeto de Lei para Feriado Nacional O PL n° 482/2017, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues, propõe tornar o Dia da Consciência Negra um feriado nacional.
O projeto foi aprovado no Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados, o que poderia ampliar ainda mais o reconhecimento e a importância da data em todo o país.
Desafios e Realidade Atual Apesar dos avanços, a população negra enfrenta desafios significativos no Brasil. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, enquanto os homicídios de pessoas brancas diminuíram 26,5%, os de pessoas negras aumentaram 7,5%. Em 2021, 67,6% das vítimas de latrocínio e 77,6% das vítimas de homicídio doloso eram negras. Nos últimos dez anos, 72% das 408.605 pessoas assassinadas no país eram negras.
Violência Policial e Discriminação Os números alarmantes não se restringem apenas à criminalidade. Em 2022, 87% das 3.171 pessoas que morreram em intercorrências policiais eram negras.
A cada quatro horas, uma pessoa negra morreu em decorrência de intervenção policial.
A injúria racial e o racismo persistem, com 13.830 casos de injúria racial e 6.003 casos de racismo registrados em 2021.
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