DOMINGO SANGRENTO EM 1972
No dia 30 de janeiro, enquanto manifestantes protestavam pacificamente contra a política do governo irlandês que prendia sumariamente pessoas suspeitas de de atos terroristas, o 1° Batalhão do Regimento de paraquedistas do Exército britânico promoveu um verdadeiro massacre, que resultou em 26 feridos e 14 manifestantes mortos, entre os quais, cinco alvejados pelas costas e seis menores de idade. nenhum deles estava armado . Na época, a intenção do Exército britânico era atingir o Exército Republicano Irlandês (IRA), organização clandestina que lutava pela separação da Irlanda do Norte da Grã Bretanha e posterior união com a República da Irlanda. Mas o efeito foi contrário. Após o incidente, o IRA que iniciara sua campanha contra o governo da Irlanda do Norte dois anos antes, ganhou um enorme número de jovens voluntários e, então, passou a recorrer a métodos terroristas que, ao longo de mais de duas décadas de luta armada, provocaram aproximadamente 3500 mortes. O governo britânico realizou duas investigações para esclarecer o massacre . O Widgery Tribunal, que se reuniu durante o rescaldo do evento, ilibou em grande parte os soldados britânicos e as autoridades da responsabilidade, mas foi extremamente criticado. Já o inquérito Saville, criado em 1998 para analisar os acontecimentos, em 15 de abril de 2010, por intermédio do premiê David Cameron, pediu perão à Irlanda do Norte pela matança, classificada como um ato injustificado. Em 28 de junho de 2005, o IRA anunciou o fim da luta e a entrega de armas. O processo de desmantelação do armamento orientado pelo chefe da Comissão Internacional de Desarmamento , o general canadiano John Chastelain, terminou em 26 de setembro de 2005. Em memória daquele dia, em 1983, a banda irlandesa U2 compôs a canção Sunday Blody Sunday!
Fonte: LEITURAS DA HISTÓRIA - Ano V - Edição 51 - Maio d e2012
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