No início do século XX, as leiteiras eram figuras conhecidas e essenciais nas ruas de Lisboa.
Mulheres corajosas, carregando os pesados cântaros de leite fresco sobre suas cabeças, anunciavam sua chegada com pregões que ecoavam pelas ruas estreitas da cidade.
Com as suas vozes potentes e melódicas, as leiteiras despertavam os lisboetas de suas camas logo nas primeiras horas da manhã. Muitas vezes, era o único contato que essas pessoas tinham com o mundo exterior antes de começarem mais um dia de trabalho árduo.
"Olha o leitinho fresquinho que é bom e baratinho…", era um dos pregões mais comuns. Essas mulheres sabiam como atrair a atenção dos seus clientes com as suas frases cativantes e ritmos contagiantes.
Além do leite, algumas leiteiras também vendiam outros produtos como manteiga e queijo frescos.
No entanto, não era apenas o trabalho duro que caracterizava as leiteiras. Elas também eram símbolos de perseverança e resiliência.
Mesmo enfrentando condições climáticas adversas, como chuva ou sol escaldante, elas não desistiam de cumprir seus pregões e entregar o alimento tão necessário às famílias lisboetas.
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