Vamos falar de histórias de nossa antiga Cidade?
Então puxem a cadeira e façam um café pois um seu contador de história digital vai lhes contar uma história
O bondinho
Era uma sexta-feira daquele mês de abril do ano de 1913
Acordei cedo e fui até o quintal
Olhei para um céu que já se achava alto em sua magnitude de astro rei
Entrei para dentro de casa
Tomei um bom banho com a água geladinha retirada do pote de barro
Me arrumei como de costume
Perfume comprado na botica do boticário Ferreira
Meus sapatos estavam impecáveis
Vieram no navio a vapor direto da Capital federal que era a cidade do Rio de Janeiro
Um terno fora comprado na alfaiataria da Floriano Peixoto
Um terno feito sobre medida pelas mãos de um mestre alfaiate
Tomei meu café com leite vindo da vacaria do Zé Júlio ali nas proximidades da Jacarecanga
Ele deixava em minha porta todos os dias pontualmente as cinco horas da manhã
Um pão fora comprado no secos e molhados da rua vinte e quatro de maio
A manteiga da terra adquirido no mercado dos pinhões
Terminado o café me dirigi até a próxima parada do bondinho
Iria até ao Benfica
Onde no bondinho iria a apreciar
As chácaras com suas árvores frondosas
Os passarinhos a cantarolar em meio as plantas e árvores
Um único barulho que se podia ouvir em alto e bom tom era um apito do maquinista anunciado a passagem da locomotiva
Vou seguir viajando e a apreciar a vista de nossa bela cidade por essas bandas de cá
Texto
Edvard Rodrigues
Nota
Sobre a imagem
Foto provavelmente de um ponto de partida de composição de bondes que ficava na Praça do Ferreira em meados do ano de 1913
Vou ficando por aqui
Até a próxima crônica meus amigos e minhas amigas
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