Ninguém sabe quem decidiu erguer uma pedra de 9 metros no meio de um campo, mas temos que admitir: era gente de visão (e disposição para carregar peso). Hoje vamos falar sobre o Menir de Champ-Dolent – esse gigante de granito rosado que resiste ao tempo e às nossas perguntas sem resposta.
Com 9,3 metros de altura e pesando sabe-se lá quantas toneladas, o Menir de Champ-Dolent fica nos arredores de Dol-de-Bretagne, na Bretanha, França. Esse é o maior menir da região e um dos mais impressionantes da Europa. Datado de aproximadamente 5.000 a 4.000 a.C., ele foi erguido em uma época em que o conceito de ‘engrenagem’ ainda não existia. Ou seja, transportar e posicionar uma rocha desse porte era, no mínimo, um desafio de engenharia e perseverança – ou talvez só pura teimosia neolítica.
Agora, se a razão para alguém gastar tanta energia numa pedra dessas já é um mistério, as lendas em torno do menir acrescentam um toque extra de drama. Dizem que ele foi erguido no local de uma batalha sangrenta entre irmãos, uma disputa tão feroz que a pedra teria surgido ali como uma lembrança sombria da futilidade das brigas humanas. Outra lenda afirma que, se o menir um dia cair, esse será o fim do mundo. Então, se vocês visitarem e o menir parecer meio inclinado... talvez seja melhor não empurrar.
Como todos os menires, sua função exata é um mistério. Seria um marcador de território? Um monumento funerário? Ou talvez um observatório astronômico pré-histórico, alinhado com algum fenômeno celeste? O mais fascinante é que esses blocos de granito foram talhados e transportados com precisão – e sem as ferramentas e tecnologias que hoje consideramos indispensáveis para qualquer obra pesada.
Enquanto o Menir de Champ-Dolent se mantém em pé, lembrando que o passado é, muitas vezes, tão misterioso quanto o futuro, fica aqui a provocação: será que um dia conseguiremos descobrir o verdadeiro propósito desses monumentos? Ou, talvez, alguns segredos foram feitos para permanecerem na pedra?
Texto e pesquisa por Fagner Oliveira 🌎
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