Azevedo e a tragédia no Rio Pardo - Por Giovani da Costa

 

Imagem: Arquivo Abrati

Azevedo e a tragédia no Rio Pardo - Por Giovani da Costa

A Viação Varzealegrense fazia as linhas Crato -Rio - S. Paulo e Iguatu - S. Paulo, que depois se estendeu até Quixadá.

Nos anos 70, quando a a linha era só até o Iguatu, então os ônibus deixavam os passageiros na cidade e seguia pela Ce- 55 (hoje Ce 060 até o Crato que era onde fica a sede e a garagem da empresa.

Nós morávamos á margem da estrada `3 kms de Várzea Alegre.

Como eu tinha dois irmãos que trabalhavam em São Paulo, eles aproveitavam e mandavam encomenda para os meus pais pelos ônibus e daqui minha mãe também manava encomenda para eles, às vezes até cartas. naquela época, os motoristas trabalhavam em dupla. Um tirava um trecho, enquanto o outro descansava.

Com isto, nós fizemos amizades com vários motoristas, sempre muitos gentis e educados, nós conhecíamos a todos pelos nomes.

Um desses motoristas era o Azevedo, que era natural do Crato e era um dos que se oferecia mais a fazer este tipo de favor, adquirindo com a nossa família uma grande amizade e admiração.

Mas no dia 11 de dezembro de 1976 (há 48 anos), uma grande tragédia aconteceu.

Quando o ônibus modelo monobloco 0 -362, de número 110, vinha de São Paulo para Iguatu, ao passar pela ponte do Rio Pardo, no município de Cândido Sales, próximo à Vitória da Conquista , segundo uma testemunha, o motorista ao tentar desviar de um ciclista, acertou a varanda da ponte e caiu no rio, em cima de uma pedreira, ficando de pneus para cima.

O ônibus tinha capacidade só para 36 passageiros e vinha lotado. Só um escapou com vida. Morreram 35 passageiros e os dois passageiros. Certa vez o agente de Tabuleiro da Baiana me disse que só a noite a empresa foi avisada porque o ônibus só foi resgatado com um guindaste.

a Rádio Iracema de Iguatu informava o tempo todo, pois os passageiros eram todos da região centro sul.

Foi uma grande tragédia que nos abalou e a todos funcionários da empresa na época.

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