Dona Isabel, Princesa Imperial do Brasil e seu pai Dom Pedro II, Imperador do Brasil (vestido de Almirante), 1870. Fotografia de Insley Pacheco. Coleção Pedro Corrêa do Lago.
Dona Isabel, Princesa Imperial do Brasil e seu pai Dom Pedro II, Imperador do Brasil (vestido de Almirante), 1870. Fotografia de Insley Pacheco. Coleção Pedro Corrêa do Lago.
Em 1869 Quando seu marido, o Marechal Conde D'Eu, foi convocado para lutar na Guerra do Paraguai, Isabel voltou para a casa dos pais, como era o costume das mulheres casadas quando o esposo viajava.
A rotina com seu Pai era de constantes estudos: "Papai está chamando para terminar a Leitura, até Breve" escrevia Isabel e a seu marido. Em outra ocasião reclamou: "Papai não para de falar em italiano comigo a noite e durante o dia. Estou meio farta. Tu sabes como ele é quando põe algo na cabeça" Dom Pedro II praticava o Italiano, alemão e francês com a filha em diferentes dias da semana.
A Princesa Isabel do Brasil, Herdeira Presuntiva do Trono, recebeu uma educação rígida, apropriada para o cargo que irá assumir no Futuro. Sua instrução Política, foi promovida em várias viagens a Europa, especialmente na Inglaterra, onde procurou a Rainha Vitória como inspiração e uma imitação futura. Sua Primeira experiência como Regente em 1871 agradou muito a todos, sendo uma boa promessa para o futuro. Seu marido, o Príncipe Gaston da Casa de Orleans, é um líder militar respeitado, e Herói da recente Guerra do Paraguai.
Ao completar 25 anos, a Princesa Isabel foi eleita a primeira Senadora do país (1871), conforme a Constituição Brasileira de 1824. Além disso, foi a terceira chefe de Estado brasileiro e chefe de governo após sua avó, a Imperatriz Leopoldina e sua trisavó, a rainha Maria I.
D. Pedro II deu à Isabel uma educação própria às mulheres que deveriam governar e que não diferiu da que se dava aos homens, entretanto ele a manteve afastada de todos os assuntos do Estado.
Ela sanciona na regência de 1871 a Lei do Ventre Livre, contudo não teve participação alguma na tramitação, mas sua concordância facilitou a passagem da lei. Com a volta de D. Pedro II, ela volta a sua rotina doméstica de mulher casada.
Com outra viagem de Dom Pedro II novamente ela precisa assumir, pela segunda vez, a regência do Brasil que compreende o período de março de 1876 a setembro de 1877. Dona Isabel assumiu o trono por três vezes, por conta das viagens realizadas por Dom Pedro II (1871-1876-1887). Na sua última regência, assinou a Lei Áurea que extinguiu a escravidão no Brasil.
Fonte: Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX. Por Roderick J. Barman
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