VI A CUMEEIRA
Passei de longe e vi a cumeeira
Um pedaço da porta onde passei
No dia que saí e que inspirei
Cada velha parede hospitaleira
Que guardou tantos anos quem amei
Me guardou, eu também de mim guardei
A lembrança da vida passageira!
Nossa velha casinha do passado
Todo mundo lutando e tão cansado
Pai trazia da roça o que podia...
Tudo estava tão verde, puder ver
Fiz de tudo que pude pra esquecer,
Mas lembrei e chorei, quase morria!
Soneto de Clécio Dias
Foto: Caboclo do sertao
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