POSSO SER CONDENADO
Colocaram estacas na portinha
Acho que pra saudade não entrar
Vi que a chuva começou a furar
Era nossa, tão nossa, ela era minha
O terreiro foi vida, sei lembrar
Sol à tarde; de noite, era o luar
Via o sol cochilar de tardezinha
Que saudade do Clécio pequenino
Da inocência, saudade do menino
Que desapareceu, já foi embora
A saudade me alegra, mas me oprime
E se ser saudosista for um crime
Posso ser condenado qualquer hora!
Soneto de Clécio Dias
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